"Jogo de Espelhos"
Jogo de Espelhos sohlepsE ed ogoJ
Rastros de luz salpicavam pelo corredor
Brilhos de faca faiscando os olhos
Eu tateava nuvens perseguindo um soluço
Mas o silêncio era ensurdecedor
O labirinto arrepiava os poros
Vozes emaranhadas entorpeciam o percurso
Sussurravam apelos em línguas mortas
Não havia mais violinos nem vilão
Apenas um raio escapando debaixo da porta
E um penhasco no porão
Queda livre e um vaso quebrado
Não havia lira nem saída
Apenas um velho poema amassado,
Um reflexo e alguma bebida.