Almas Postas
Vi teus passos, vi teus gestos,
Vi os trejeitos da tua face, teu desejo escuso.
Vi o teu ser covarde a caminhar no meu deserto
A tua alma a espreitar pelo vão da porta,
Estou morta e para ti nada importa.
Portas como se o ontem fosse nunca,
Portas fechadas, lacradas. imobilidade sórdida.
Meio a fúria insana um coração doentio,
Um peito mutilado, carência febril e verdades invertidas.
Navegaste em um tempestuoso dia
Entre perguntas e respostas se foi a tarde.
São teus os segredos e medos
Guardados por trás da íris dos olhos.
São teus desencontros, a vida sem ponto.