Na ampulheta do meu coração...

Sinto o teu passo pelo vazio da alma, e enxergo a claridade

Sigo pela luz mas o caminho é longo e infinito

A dor na garganta nada mais é do que sede, ah sede!

Essa que me leva para longe, para uma montanha insana e cristalina

Pura alma, fina alma que conduz uma dança diferente da minha

De nada vai adiantar esboçar um sorriso ou alavancar uma gota de luz

Na fina e clara poesia individual, me faço real e puro

Esgoto cada pingo de tinta em meus dedos, faço trovas e tal

Dedico cada segundo para alguem que nem sequer vai ouvir

Os gritos dessa saudade imaculada pelo santo coração

Faço então das minhas preces, um santuario de canções

Pela qual sofrer nada mais é, do que sentir saudades

Ouvir e lembrar cada beijo, cada abraço e sofrer...

Na ampulheta do meu coração, grãos de areia ofuscam e ferem meus olhos

E eu fico esperando o tempo me jogar aos minutos

Sou obrigado a sentir cada milesimo, esfaquear minha carne

E meu sono, necessidade pela qual tanto lutei

Agora nada mais é do que pura vaidade

Sonho quando quero, atuo quando quero

Porem, vivo meu pesadelo dia-a-dia

E não basta sono ou cansaço, mas sim

Flashes que minha memoria insiste em me mostrar

Uma parede com fotografias do nosso amor

Por tras de um fino reboque de tristezas...

Zózimo São Paulo
Enviado por Zózimo São Paulo em 29/02/2008
Código do texto: T881438
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