Meu eu.
Talvez me critiquem
Pelo abuso da forma,
Poetar direto aqui,
Num desrespeito à literatura...
Mas quem garante
Que os melhores não tenham
Sido assim compostos?
E quem irá julgar
Meu mais profundo pesar?
Se sinto assim
Se dane o resto!
Por que sou fake?
E por que tantos me condenam?
Sou o que sou e tenho meu
Mundo verdadeiro!
Mas, me julgo no direito
De ser o que quizer!
Homem,Gay, Mulher...
Criança, boneca,perua...
Sou o que minha alma dita!
E é minha essência que perdura
Como borracha que não se apaga!
Sou o que quero, mais nada!
Então me deixem ser assim!
E se os curiosos da vida insistem,
Pergunto: Vai secar meu pranto
Se meu eu verdadeiro chorar?
Isso vai te tocar?
Não, por que és frio como
Rajada de vento!
Quer ler meus pensamentos
Sem nunca me falar!
Quer julgar a minha vida
Sem nem saber se respiro!