Sonhos lúcidos
Você tem povoado meus sonhos
Mexido comigo
Com a minha libido
Com os meus sentidos
A minha intelectualidade tem sido aguçada
Por suas palavras
E por mais que eu tente lhe ver como Mestre.
Minha aura te chama de homem
E pareço surfar nos seus sonhos
Acordo assustada
Desnorteada
Fragilizada
Não posso lhe ver de outra maneira
Sinto-me culpada
Desejando encontrar-te a sós
Devaneio de uma pupila insana
Minha retina teima em encontrar a sua
E dissimulo um olhar de aprendiz
Mas na verdade gostaria de estar
Perto de sua boca, sentindo o arfar de seus poros
E tocando a sua pele.
Mas fico na via platônica
Na qual aprendi como discípula
Que poderia ter sido de Platão
E fico bebendo de sua sabedoria
Não brinque de faz de conta
Uma hora ou outra
Uma pupila dessas desvairadas
Vai te pegar numa quebrada
Ai lindos olhos
Quero ver como você vai sair dessa.