CHAMA

Jamais pagues por nada, pois tudo é sem preço,

vem do fundo e tem fundo, recebas de graça;

és o justo endereço de minha emoção,

minha praça de afetos; meu campo de sonhos...

Este amor te pertence, dispensa conquista

e teu jus vem do ventre, o teu mérito é nato,

não requer recompensa em afetos iguais

o que sinto e sou grato, bastando sentir...

E serei devedor quanto mais me doar;

dando a noite, o luar, a manhã, o infinito,

serei sempre restrito, haverá por fazer...

Nunca hei de julgar que cheguei muito além

nos cuidados, no bem, na medida emotiva

desta chama tão viva que nutro por ti...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 30/01/2008
Código do texto: T839610
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