DAS ESPERAS
Repousa a espera
em noites insones,
nas luas
à míngua,
intervalo
da mudez,
à noite,
andava nua
nas ruas,
a língua
se perdia
no vazio
da nudez,
entre valas,
entre beijos
entre vias
entre tantos
desvarios
foi-se o tempo,
foram os leitos,
foram os rios...
A quimera
era pavio,
acendia
não queimava,
todavia,
só se via,
que o tudo
era nada
e que era a espera
a que sempre
lhe esperava.