DAS ESPERAS

Repousa a espera

em noites insones,

nas luas

à míngua,

intervalo

da mudez,

à noite,

andava nua

nas ruas,

a língua

se perdia

no vazio

da nudez,

entre valas,

entre beijos

entre vias

entre tantos

desvarios

foi-se o tempo,

foram os leitos,

foram os rios...

A quimera

era pavio,

acendia

não queimava,

todavia,

só se via,

que o tudo

era nada

e que era a espera 

a que sempre

lhe esperava.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 16/04/2025
Código do texto: T8310518
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.