DAS LONJURAS DO CORAÇÃO

Quando os olhos espreitam

astronômicas visões,

distâncias guardam-se, recolhidas,

às caixas das ilusões.

Dá-se a imaginar

outros universos,

em prosas múltiplas,

em mundos di-versos.

Os olhos,

da alma,

na agudeza

refletem,

o brilho

da grandeza.

São eles astros,

lastros de fantasias,

rastros que deixamos

em nossas utopias.

Os olhos são janelas,

o espaço, sua aquarela

onde pintamos

e damos a sonhar,

nos aproximando

do Criador e do seu criar.

E num átimo,

na dimensão

do átomo,

tudo fica

no íntimo,

do infinito...

Quando os olhos

dão a contemplar,

a insondável imensidão,

uma lágrima, tão menina,

cai como água cristalina,

das lonjuras do coração.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 30/03/2025
Reeditado em 30/03/2025
Código do texto: T8297960
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