"HELLO, HOW YOU DOING?" / "OLÁ, COMO VAI?"

I feel my eyes filled with that same sadness that agonizes my chest

And the burden of the days settles on my shoulders, my arms, my fingers

I feel terribly tired. Not from the physical fatigue that brings us down after a long day of work or study, but from an existential fatigue that cancels me out in the face of life and the world, stealing my voice and blinding me to the events around me.

An anxiety at the same time clinical and metaphysical that devours my thoughts, consumes my strength, knocks me down to the point of losing the ability to feel beyond a human perception, carrying me with it to the very limits of a black hole that forms in the space-time of Reason and Logic

I count the days as one counts the second hand of a faulty clock, stagnant in time, unable to move forward, incapacitated and forgotten on the basement wall of my own reminiscences

I desperately yearn to depart from myself, to log out of this merciless reality that seems most virtual and cold to me.

My fingers are stiff from thinking for myself, feeling for myself, living for myself, pouring out on paper the emptiness and abandonment of my disheartened soul

To lend body and form to abstract, immaterial senses whose truth hides in the recesses of a depressed and restless mind

And witness with me the irreversible detachment of this confused, troubled, untrue-to-this-world self, a world whose inability to recognize it in its pure nature borders the verge of insanity

Confined in the incommunicable compartment of human nature, unable to convey, in any way, its pain...

07/30/2022

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Sinto pesar em meus olhos essa mesma tristeza que me agoniza o peito

E o fardo dos dias se acomoda em meu ombros, meus braços, em meus dedos

Sinto-me terrivelmente cansado. Não dessa canseira física que nos abate após um longo dia de trabalho ou estudo, mas de uma canseira existencial que me anula perante a vida e o mundo, emudecendo-me e cegando-me para os acontecimentos ao meu redor.

Uma ansiedade ao mesmo tempo clínica e metafísica que me devora os pensamentos, consume minhas forças, abate-me a ponto de perder a capacidade de sentir além da percepção humana, carregando-me consigo para os limites de um buraco negro que se forma no espaço-tempo da razão e da lógica

Conto os dias como quem conta o ponteiro de segundos de um relógio defeituoso, estagnado no tempo, sem energia para mover adiante, incapacitado e esquecido na parede do porão de minhas próprias reminiscências

Anseio desesperadamente por partir de mim, deslogar dessa realidade impiedosa que mais me parece virtual e fria

Meus dedos estão rígidos de pensar por mim, de sentir por mim, de viver por mim, de despejar no papel o vazio e o abandono de minha alma desalentada

De emprestar corpo e forma para sentidos abstratos, imateriais cuja verdade se esconde no recôndito de uma mente deprimida e inquieta

E testumunhar comigo o distanciamento irreversível deste eu confuso, conturbado, inverídico para este mundo, cuja incapacidade de reconhecê-lo em sua natureza pura beira o auge da insanidade

Confinado no compartimento incomunicável da natureza humana, impossibilitado de transmitir, por meio que seja, a sua dor...

30/07/2022

F H Pupo
Enviado por F H Pupo em 26/03/2025
Código do texto: T8294563
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