Eu e o Pássaro
O sol nasce, nasce o espanto
Calor abraça o corpo e
acalma o pranto,
ao longe o pássaro voa, solitário
é só mais um coitado
livre.
De perto, observo
O pássaro e o voo
Quisera eu ter a liberdade
De corromper poesia
Num canto
Sou mais um coitado
Com livro na mão
E papel em branco.
Fazendo sonetos, sonhando tão alto
nessa vida sou humano
noutra quero ser um pássaro
voando talvez fosse mais feliz
felicidade é algo raro
Logo mais o sol se põe
Minha solidão compõe
A poesia de não voar.