No mar

Quero, como o mar

Jogar as salgadas águas

Na branca areia

E tudo ali deixar

Quero libertar

No salgar dessas águas

A dor imensa

Que a mim quer matar

Deixarei o meu corpo

Desfazer-se nas areias

Molhado

Refazer-se em lua cheia

Cumprirei o meu penar

Nas lambadas das águas

Que no meu corpo

Forte baterá

Não fugirei

Ali ficarei

Minha alma lavarei

E da dor me libertarei

Mar que desde a infância

Esteve comigo

Ondas que meus pés lavou

Sei da sua importância

Ondas que meu corpo derrubaram

Sobre a areia e seu calor

Meu coração moldaram

Ensinando-me a dor

Entre o gozo que me dava

Pela beleza que eu via

Cheguei ao gozo no oposto

Por tudo que eu sofria

E em cada anoitecer

Sob a luz da prateada lua

Eu na sombra você eu via

Por dentro eu morria

Quero apreciar

O mar

A prateada lua

Sem lágrimas rolar

Serei eu com as pedras

Cujas águas desse mar

Arrebentam com toda força

Sem nenhuma se importar

Mar, doce mar

Que saudades você me dá…

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 06/11/2024
Código do texto: T8191142
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