NÃO ESTAMOS SÓS

NÃO ESTAMOS SÓS

 

Eu sei que não estamos sós,

Quando vejo empatia nos povos,

Que destoam de bragas e nós,

Ou da sede sionista dos ogros.

 

Eu, que pensei sermos bons,

Vi ex-oprimidos como opressores,

Destilando seu fel com bombons,

A causar fome, sede e horrores.

 

É assim que vejo esse milênio,

O qual deveria ser de remissão,

Dos pecados que vem de essênios,

Pois os ideais antigos são ilusão.

 

Quem sempre disse crer em Deus,

Não deu exemplo, querendo o ouro,

E tornaram-se banqueiros e ateus,

Matando a verdade no nascedouro.

 

Hoje, todas as guerras tem dono,

E são eles de uma só confraria,

Na origem semítica como abono,

Que, mesmo o irmão, Caim mataria.

 

Toda história tem o bem e o mal,

Pois desobedecem as regras do pai,

Na qual se convive até com animal,

Porque o reino animal nunca trai.

 

Quase todos nós temos defeitos,

No jeito em que buscamos o pão,

Pois temos só orgulho no peito,

Que nos faz desdenhar do irmão.

 

Não devíamos matar, nem roubar,

Muito menos achar sermos donos,

Se o empréstimo Deus vai cobrar,

Nessa vida ou após esse bonus.