Vozes do Tempo Cai o véu nos arredores do mundo, Lambe-se o tempo no tilintar do segundo Passa o avião, rápido demais, no céu do desejo E a vontade se farta do querer abandonado. Solta-se as amarras e grita o perdão É de prata o que cala e de ouro o sermão, O vento corre atrás dos montes claros O sol invade os rostos débeis, os rostos Ansia-se nas noites, do pensar retornos As velhas gavetas de trincos quebrados, Palavras loucas e escritos amassados Que jamais serão ditos aos ouvidos.