Névoa
Veja!
Há uma névoa pairando no ar
Densa
Oculta a minha face do teu olhar
Me sinto compelida a nela mergulhar
Misturar-me a bruma
Nela me desmanchar
Desfazer-me das velhas amarras
Com calma me limpar
Pecados outrora cometidos
Na pele tingidos
Não os vou negar
Veja!
Não sou santa
Não vivo em altar
Sou um ser de imperfeições
Mas que sabe amar
Peregrina nas lamedas dos sentimentos
Aguardando por um momento
Que parece, nunca chegará
Mas veja!
Vivo a mergulhar
Oscilando entre luz e trevas
Entre a paz e a guerra
Mas sem a ninguém incomodar
Enquanto sobrevivo na névoa
Perdida tentando encontrar
A mim…a ti…ao que perdi
Na névoa dos erros que cometi