Nada

Quando eu for poeira

Levantada na beira

De uma estrada

Serei eu nada

Apenas alma vaga

Quando eu já não for lembrança

E tiver morrido a esperança

De mim restará nada

Nem mesmo memória deixada

Serei um vazio, um nada

Quando eu estiver totalmente apagada

Sem marcas deixadas

Vagarei entre o frio

Como um assovio

Ouvido no meio do nada

Quando nem nada eu for

Talvez essa dor

Se desfaça

Vire fumaça

E eu também me desfaça

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 12/10/2024
Código do texto: T8172066
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