Nada
Quando eu for poeira
Levantada na beira
De uma estrada
Serei eu nada
Apenas alma vaga
Quando eu já não for lembrança
E tiver morrido a esperança
De mim restará nada
Nem mesmo memória deixada
Serei um vazio, um nada
Quando eu estiver totalmente apagada
Sem marcas deixadas
Vagarei entre o frio
Como um assovio
Ouvido no meio do nada
Quando nem nada eu for
Talvez essa dor
Se desfaça
Vire fumaça
E eu também me desfaça