Por um Segundo Foi num segundo que virou a chave da vida Num deslize fragmentado em perdizes Num rompante selvagem acaba o cético Rompe o humano e o desumano grita. Em um segundo a carne reina e toma a direção, Espugna-se com satisfação de ceifar a vida Do outro que em sofreguidão despede-se do logro, Do ultraje destino que cruzou um segundo fosco. No fechar da glote o ato traz gosto de sangue Sacia a fome da fera diante da vítima inerte Que por um segundo a mais ou a menos Entrou na jaula da primitiva criatura.