QUERER A PAZ

QUERER A PAZ

 

Certa vez a raposa passeava,

E o caminho era uma passarela,

Onde ela sorria e conversava,

E lá havia, de umbu a seriguela.

 

Todos sabem o fábula das uvas,

Mas, nesse dia, haviam amoras,

E ninguém falou com as saúvas,

Pois o tamanduá estava lá fora.

 

Numa curva bocejava dona onça,

E ela estava só no descanso,

Mas a tarde chega e avança,

Pra tristeza daquele remanso.

 

E de noite passeiam os guarás,

Mas não brigam com dona raposa,

Ao só querer a paz do lugar,

Respeitando a marido e esposa.

 

Todos juntos, casais e amigos,

Comemoram com buquês de rosas,

E os doces de morangos e figos,

De bons, são melhor que prosa.

 

Só há um caminho para a verdade,

Que é viver com respeito e paz,

Permitindo a todos diversidade,

Pois ninguém tem pés para trás.