Rajada de Vento em Olhos Azulejos
Bailam por entre as rajadas de vento os homens
Por tardes cinzentas ou azuis de olhos azulejos,
Numa noite plena sem preces e nem lamentos,
Andam com passadas fortes os pensamentos.
Voam por entre o tempo as asas dos homens,
Invadem os mistérios intrínsecos sem censo
Devoram saberes e comem os frutos da terra
Caminham muitas vezes em círculos e pecados.
Deitam na boca da sorte a vida toda festiva
Sem aparar as arestas nem em dias de festas
Sem olhar a velocidade do relógio que bate,
Bate, Bate insistentemente na tal realidade.