Natureza Morta

 

Velhos tênis nas gavetas antigas,

Velhos isqueiros e bitucas amarrotadas, 

Velhas canções no karaokê cantadas

Velhas ilusões nas tardes passadas.

 

Novos dias de vida e vela

É a vida igual sentinela,

Olhos perdidos no relógio da sala

Natureza viva, natureza morta.

 

A noite chega de escuro véu 

A vela apaga-se aos poucos céu,

As estrelas apagam-se, as cortinas fecham-se 

E o ciclo termina sem cartas na mesa.