Nas Dobras do Destino

 

Deitam as palavras na minh'alma chamuscada

Faço um caminho de renda nas dobras do destino

Passo um pente fino nas noites mal amada

E acordo as manhãs como manhãs de domingo.

 

Reverbera o relógio na loucura evolutiva

A bailarina da caixa ao bailar me alucina

Deito as palavras na minha'lma encharcada

Na adega estão as letras e as línguas enroladas.

 

Trepida o tempo nas frases rebuscadas

Um senão na ponta do lápis pode não ser nada

Na boca, na mão estonteantes camadas,

Cochilam as palavras nas janelas da alma.