Fome de Mim

Tenho fome de mim

Da minha ausência no poema Retrato

Da minha presença

Em um Quintana declamado

Devoro minha literatura errante

Cada livro da estante

Tenho fome de mim

Mastigo cada vírgula doce

Instigo cada poema que você trouxe

Para ler no sarau

Meu desassossego, leitor, é pessoal

De Pessoa para pessoa

Minha fome de Hamlet não é à toa

É fome de ser, fome do ser

Doce fome de mim.

Brunno Vianna
Enviado por Brunno Vianna em 25/07/2024
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