Na Boca da Sorte Dilacera-se a Vontade Tenho espadas e cajados Pés andarilhos e paradas de morte Cheiro inebriante e roupas esvoaçantes Beijo a boca da sorte sou a sua amante. Tenho desejos que salivam ao ver a vida Ela passa por mim e sai de mim atrevida Cruza as ruas mais movimentadas da cidade Num rompante selvagem come o medo. Sou a dor que dilacera a vontade A felicidade que salta dos olhos covardes. A voz esbaforida desse ser errante Expande a natureza na roda gigante.