Proibido Flertar com o Passado

 

Proibo-me de morrer de saudade

De pensar em momentos covardes

De flertar com o passado a aprisionar os anos

Proibo-me de cegar para os enganos

 

Dispo-me das pedras dos caminhos 

Dos matos daninhos, do lamaçal nos ninhos

Ainda há marcas digitais no trinco da porta 

Mãos a perpassar por um pensar que transporta

Uma mala pesada difícil de esvaziar. 

 

Proibo-me de soltar a mão da vida

Viver, viver, viver sem lembrar da partida

Daqueles anos do frio na barriga, mãos frias,

Coração acelerado e os olhos nos dias.