LAMBANÇAS DO MUNDO

LAMBANÇAS DO MUNDO

 

Os reveses nos ensinam do mistério,

Quando somos materialistas e lógicos,

Ao esperar que tudo seja tão sério,

Que não deixe rever filhos pródigos.

 

As lambanças do mundo formal,

São propostas de fé e poder,

Que num homem pode ser normal,

Mas o mundo se nega entender.

 

Toda lógica do nosso universo,

Se formata entre mil dimensões,

E os portais são como um verso,

Que só lemos com as cognições.

 

Os que estão absortos de paraíso,

Nos demonstram não querer partilha,

Quando negam sob aplauso ou juízo,

Mas não sabem que vida não é ilha.

 

Somos todos como grãos de areia,

Que um dia foram como um rochedo,

Mas que ora quer o mar com sereia,

Desde quando há coragem ou o medo.

 

Ninguém vai para um salão de festas,

Sem as roupas que lembram espartilho,

Porque a aparência apara as arestas,

Quando escondem que roleta é tiro.

 

E, por ver isso tudo, eu concordo,

Que me basta ter um canto de amor,

Como aquela casinha ao pé do morro,

Ou numa escarpa sem dono e senhor.