BRAILE

Se você,

ao me ver

como lua pálida,

que transborda

todo brilho

num carrossel de estrelas,

e sentir meu corpo

desfalecer

diante do seu olhar,

me ressuscite ...

me embale!

Quando me vir

na tepidez

de um sol arfante,

que procura o calor

no corpo de

um cometa,

não cometa

o crime do silêncio,

me absolva,

me resolva ...

me embale!

Porém,

se de tanto

se exaurir

em seus desvelos,

a ponto

da turbidez

alcançar-lhe os olhos

e perder a visão

dos meus apelos,

não desista de mim!

Apenas

me embale

com seu braile.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 26/05/2024
Reeditado em 26/05/2024
Código do texto: T8071816
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