BRAILE
Se você,
ao me ver
como lua pálida,
que transborda
todo brilho
num carrossel de estrelas,
e sentir meu corpo
desfalecer
diante do seu olhar,
me ressuscite ...
me embale!
Quando me vir
na tepidez
de um sol arfante,
que procura o calor
no corpo de
um cometa,
não cometa
o crime do silêncio,
me absolva,
me resolva ...
me embale!
Porém,
se de tanto
se exaurir
em seus desvelos,
a ponto
da turbidez
alcançar-lhe os olhos
e perder a visão
dos meus apelos,
não desista de mim!
Apenas
me embale
com seu braile.