Sou

Em sutis sonhos te procurei

Um mundo só de fantasias

Passaram as noites, vieram os dias

E nunca te achei

Dor dilacerante ao meu peito corta

Mas depois de tanto tempo

A espera de um momento

Aprendi a fechar a porta

Maquiei o meu rosto

Escondendo tanto desgosto

E para não incomodar

Sequei as lágrimas que estavam a rolar

Respiro bem fundo

Saio pelo mundo

E quando alguém ficar a me fitar

Nada irá reparar

Tal qual um robô

Movo-me entre as pessoas

Não deixo nada atoa

Sou o que compôs a dor

Mas quando atrás de mim se fecha a porta

Desabo totalmente morta

Luto para manter seco o meu rosto

Mas me volta todo desgosto

E dessa forma, não sou uma, sou duas

Sou a que ao mundo se mostra

Sou a que surge ao fechar a porta

Meio viva, muito mais morta

Lutando dia a dia

Para parecer fria

Mas por dentro só há dor

E um infindo amor

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 22/05/2024
Código do texto: T8069058
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.