A beleza do caos

Palavras soltas associam-se

Dor, rejeição, solidão

Será que formariam um poema bom?

Para que julgá-lo em vão?

Talvez bom nem queira ser

Apenas sobreviver envolto a alguma beleza.

Em meio ao caos, é agradável respirar

Ar puro, renovação, atualização

Estar aberta à criação

Canção a compartilhar

Novidade a se apresentar,

Se revela diferente do que parecia ser

Me parece que não estava vendo você.

E, de repente, te encontro

Não esperava nada disso

Alguém sem medo, corajoso

Também um tanto perdido

Assim como eu, precisa lançar-se

Aprofundar-se em si.

Recados dados, universos apresentados

Cabe a você, mergulhar ou não

Te vejo à beira do abismo

Com passos milimetricamente calculados,

Temendo encarar a escuridão,

Cair em si.

Não vejo que tenha escolha

Sua curiosidade inocente te guia

A luz pisca, oscila, você desvia o olhar

Mas, sem perceber ou controlar,

A cada clarão anda em direção ao breu

De um mar infinito a bailar.

Rafaela Andrade
Enviado por Rafaela Andrade em 19/05/2024
Código do texto: T8066862
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