A beleza do caos
Palavras soltas associam-se
Dor, rejeição, solidão
Será que formariam um poema bom?
Para que julgá-lo em vão?
Talvez bom nem queira ser
Apenas sobreviver envolto a alguma beleza.
Em meio ao caos, é agradável respirar
Ar puro, renovação, atualização
Estar aberta à criação
Canção a compartilhar
Novidade a se apresentar,
Se revela diferente do que parecia ser
Me parece que não estava vendo você.
E, de repente, te encontro
Não esperava nada disso
Alguém sem medo, corajoso
Também um tanto perdido
Assim como eu, precisa lançar-se
Aprofundar-se em si.
Recados dados, universos apresentados
Cabe a você, mergulhar ou não
Te vejo à beira do abismo
Com passos milimetricamente calculados,
Temendo encarar a escuridão,
Cair em si.
Não vejo que tenha escolha
Sua curiosidade inocente te guia
A luz pisca, oscila, você desvia o olhar
Mas, sem perceber ou controlar,
A cada clarão anda em direção ao breu
De um mar infinito a bailar.