PERDENDO A GRAÇA !
Enquanto vidas, entre si, se entrelaçam,
Outras continuam passando...
E diante dos que possam nos fazer graças,
Ainda parecemos nuvens : Sempre flutuando
Em aglomerados blocos de fumaças.
Em cada existência, há um querer
Que consome energias e vitalidades;
Podendo, até, deixar de interromper
Alguns procedimentos de liberdades
E demais sentimentos causadores de prazer.
Penso que os guardiões dos nossos lares,
Parecem se cansarem com tantos horrores,
Vistos: da terra, dos céus e dos mares;
Com propósitos de anularem grandes valores;
Aprisionando-nos em tais lugares;
Os sentimentos sem quaisquer razões
Tem alimentado sonhos e ilusões;
Estimulado uma busca por qualquer emoção,
Apagando-nos as luzes das nossas visões
E ferindo os nossos corações.
Parece perdida, também, a esperança
De parte da nossa gloriosa geração;
Já tomada por pessimismos e falta de confiança
Na evolução, espiritual, dessa civilização
Que sempre clamou por uma eterna aliança.
Em que pese o que falta, ainda, para se caminhar,
Ainda chegaremos em um bom lugar...
E juntos com os que queiram nos acompanhar,
Cantaremos a glória de chegar
Onde não haja mais motivo pra voltar.