Desesperança
Dentre tantas palavras ditas
E noutras escondidas
Tudo o que pensas
Em meio as ofensas
Foi largado
Sem cuidado
Um coração fica
Perdido em cada batida
E no silêncio que se cria
Nada mais via
A menina
Morta na sina
Feita em frangalhos
Tenta crer em um atalho
Para não ver sepultados
Corpo e alma atordoados
Não há adorno
É sem retorno
Segue morta pela vida
Fantasma sem despedida
Presa nesse tempo
Onde tudo é denso
Vaga entre lembranças
Chora como criança
Menina sem esperança
Seu mundo não lhe dá segurança
Perdida entre menina e mulher
Já não sabe o que quer
Espera que o amor finde
E assim possa erguer um brinde
Desejo
Lágrimas
Mentiras
Ela quer
Mas há um cortejo
Há o que imprima
Contra ela atira
Não liga sequer