Desesperança

Dentre tantas palavras ditas

E noutras escondidas

Tudo o que pensas

Em meio as ofensas

Foi largado

Sem cuidado

Um coração fica

Perdido em cada batida

E no silêncio que se cria

Nada mais via

A menina

Morta na sina

Feita em frangalhos

Tenta crer em um atalho

Para não ver sepultados

Corpo e alma atordoados

Não há adorno

É sem retorno

Segue morta pela vida

Fantasma sem despedida

Presa nesse tempo

Onde tudo é denso

Vaga entre lembranças

Chora como criança

Menina sem esperança

Seu mundo não lhe dá segurança

Perdida entre menina e mulher

Já não sabe o que quer

Espera que o amor finde

E assim possa erguer um brinde

Desejo

Lágrimas

Mentiras

Ela quer

Mas há um cortejo

Há o que imprima

Contra ela atira

Não liga sequer

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 10/05/2024
Código do texto: T8060527
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