Vinho Sangue no Ouro que Toma
Banhei-me de douras palavras
Com fios do Egito enxuguei a pele quente
Degustei um vinho de boa safra, eu sedente
De acordar as luzes das estradas.
Subi as escadas do tempo em célere minutos
Estremeci lendo as notícias frias de lamentos
Enquanto a camisola de cetim vestia o corpo.
Nua fiquei de pensamentos e vi no topo
Línguas embaralhadas e sem conhecimentos.
Andei por horas dentro de mim e fui exposta
As feridas tóxicas, ermos acumulados a posta.
Na insensata resposta que expõe a nudez da alma,
A mancha de vinho sangue do ouro que toma.