No Fechar e Abrir do Semáfaro 

 

Ando a costurar os pedaços

A  sorrir à toa entre laços

Alegra-me o batom na boca,

As sobrancelhas arqueadas

 

Ando quase saltitando pelas ruas

Como se elas fossem todas minhas

Tenho vestes coloridas e exuberantes

Sou um ser a tomar café de passante 

 

O semáforo abre na porta da dor do outro

E eu fecho o sinal na minha inocência 

Volto aos porquês de criança e pergunto

O porquê de tanta incoerência.