ENTRE HOMENS
ENTRE HOMENS
São dias de luta entre homens,
Pois só as mulheres são sábias,
Sem távolas ou Sherlock Holmes,
Desde Londres e até a Calábria.
O mundo se esvai pelos ciclos,
Só por isso nós também vamos,
Em acertos ou cheios de vícios,
E, debilmente, até nos matamos.
Vivemos a querer tudo a mais,
Com pratos cheios, até sem fome,
Desejando que a morte, não mais,
Nos conduza, mas sem nosso nome.
Só que a morte é de todo jeito,
Mesmo que troquemos os chapéus,
Ou desejando ser outro sujeito,
Tudo em nome de infernos e céus.
Devastamos a própria morada,
E sujamos de ódio os ninhos,
Disputamos até nau afundada,
Que dirá um tesouro sozinho.
Não temos as razões de mais nada,
Pois ninguém mais guarda memórias,
E se esquecem do galo na alvorada,
Pois não sabem a própria história.
Sempre tivemos nossos ancestrais,
Que hoje estão por todo o mundo,
Pois somos parentes ou animais,
Se no início foi poço sem fundo.
Só temos irmãos na humanidade,
Se não nascemos, mas evoluímos,
E só no amor teremos sanidade,
Porque na guerra não reunimos.
Eu queria só a bandeira branca,
Sem franco atiradores sionistas,
Onde não haja a mão que espanca,
E as crianças sem os analistas.
Matamos César, Heitor e o Czar,
Furtamos a arca do rei Salomão,
Levamos a discórdia ali e acolá,
Sufocamos quem der peixe e pão.
Em nosso nome e também de Deus,
Fazem riquezas dizendo ser sorte,
Mas os bilionários e os fariseus,
Não compreendem de fé e morte.