Memórias de um amor

O fim se fez…

Nas palavras que silenciaram

Em tudo que gritaram

Assim ele se fez…

Demorou um pouco

Foi um silêncio louco

Até que tudo se desfez

E largado em um canto

O amor se fez pranto

Foi pura estupidez

Não é um amor morto

Pois vive de um jeito torto

Ficando dentro de mim

Pedidos sem fim

Deixe-me viver

Não o quero convencer

Apenas pelo amor que sinto

Tome minhas palavras, não minto

Só não me mate

Deixe que eu te fale

Em silêncio…

Deixe que eu more

No fundo da sua memória

E assim de mim cuide

Na distância que nos funde

Guarde minhas palavras

Em uma caixinha secreta

Deixe-a fechada

Ela não precisa ser aberta

Faça real cada sonho

Não viva em abandono

Siga com os planos

Deixe que seja meu o abandono

Creia todos os dias

Em tudo que eu te dizia

Sobre como eu o via

Não descreia

Creia

Assim, promete não me esquecer

E sempre que bem se ver

Um pouquinho de mim haverá em você

Quando cair a chuva

Olhe-a e sorria

Por lembrar do que eu dizia

No chegar da noite

Abra a janela

Olhe através dela

E com o chegar do cansaço

Deite-se de lado

Lembrando de como seria se eu estivesse do seu lado

Sorria

Tudo está como você queria

Continue na sua estrada

Ela é o caminho para tua chegada

Mas me guarde em um cantinho

Escondidinho

Desse seu coração

Preciso só desse espacinho

Não me deixe na mão

Prometo ficar quietinha

Me ajeitarei com jeitinho

Não vai atrapalhar

Só precisa ali me deixar

Para a morte não me encontrar

Não ligo de ficar assim

Por isso peço isso pra mim

Não posso ficar em gaveta

Nem em empoeirada estante

O tempo escorre

E a dor é constante

Deixe viver nas memórias

No silêncio cortante

Que apenas eu ouço

E fazem parte da história

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 28/04/2024
Código do texto: T8051967
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