Memórias de um amor
O fim se fez…
Nas palavras que silenciaram
Em tudo que gritaram
Assim ele se fez…
Demorou um pouco
Foi um silêncio louco
Até que tudo se desfez
E largado em um canto
O amor se fez pranto
Foi pura estupidez
Não é um amor morto
Pois vive de um jeito torto
Ficando dentro de mim
Pedidos sem fim
Deixe-me viver
Não o quero convencer
Apenas pelo amor que sinto
Tome minhas palavras, não minto
Só não me mate
Deixe que eu te fale
Em silêncio…
Deixe que eu more
No fundo da sua memória
E assim de mim cuide
Na distância que nos funde
Guarde minhas palavras
Em uma caixinha secreta
Deixe-a fechada
Ela não precisa ser aberta
Faça real cada sonho
Não viva em abandono
Siga com os planos
Deixe que seja meu o abandono
Creia todos os dias
Em tudo que eu te dizia
Sobre como eu o via
Não descreia
Creia
Assim, promete não me esquecer
E sempre que bem se ver
Um pouquinho de mim haverá em você
Quando cair a chuva
Olhe-a e sorria
Por lembrar do que eu dizia
No chegar da noite
Abra a janela
Olhe através dela
E com o chegar do cansaço
Deite-se de lado
Lembrando de como seria se eu estivesse do seu lado
Sorria
Tudo está como você queria
Continue na sua estrada
Ela é o caminho para tua chegada
Mas me guarde em um cantinho
Escondidinho
Desse seu coração
Preciso só desse espacinho
Não me deixe na mão
Prometo ficar quietinha
Me ajeitarei com jeitinho
Não vai atrapalhar
Só precisa ali me deixar
Para a morte não me encontrar
Não ligo de ficar assim
Por isso peço isso pra mim
Não posso ficar em gaveta
Nem em empoeirada estante
O tempo escorre
E a dor é constante
Deixe viver nas memórias
No silêncio cortante
Que apenas eu ouço
E fazem parte da história