De Van Gogh a Picasso

 

Há extremos nesse ser que se expande em versos,

Ora cálice de amor, ora cálice de vinho 

São extremos desse ser que se solta na tela

De Van Gogh a Picasso entre outras esferas

Da paixão adormecida e insolente espera.

 

São mãos calejadas do tempo de invernos, 

Do alto da alma corre sabores amargos,

Do cume do êxtase sensações e segredos 

Noites intermináveis de verões perfeitos

No salivar das bocas acesas presentes ensejos.

 

Corre sangue vivo na criação do poema,

A dor e o sabor escorrem as duras penas

E brota em flor a consciência nas alamedas 

Mistura do ser ventania, humano em resistência

A passear pelo mundo juntando experiências.