Eclodir de Fato Quem dera ter a força do vento Correr em pensamentos sem ter porque parar Libertar-me de laços até do nó do sapato, Caminhar esvoaçante sem ter medo de voar. Quem dera ter a força das águas num arrebento Mostrando à vontade límpida de ser movimento. E o deserto que cabe nas mentes que partem Não partam o vontade de amar nem o sabor do alento. Quem dera um acordar manso, mar sem quebranto, Sem um olhar caudaloso, sem um beijo santo, Sem a palavra adeus a romper a razão do existir Na vida que pulsa lentamente e explode no sentir.