SUPRESSÃO

Às parcas afeições,

vou me descosturando

por inteiro.

Não caibo

mais nos olhos do amanhã,

tudo se transforma,

único fio

no qual esperança,

dá lugar à navalha.

Nesse desenrolar,

definho-me,

desalento

me oprime,

defino-me

como o que

não se exprime

e não assumo.

do sumo

me consumo

no vazio que

me comprime,

tempo que

suprime

o amor

que já

não somos.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 20/04/2024
Código do texto: T8046184
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