SUPRESSÃO
Às parcas afeições,
vou me descosturando
por inteiro.
Não caibo
mais nos olhos do amanhã,
tudo se transforma,
único fio
no qual esperança,
dá lugar à navalha.
Nesse desenrolar,
definho-me,
desalento
me oprime,
defino-me
como o que
não se exprime
e não assumo.
do sumo
me consumo
no vazio que
me comprime,
tempo que
suprime
o amor
que já
não somos.