Processo Seletivo
Bebo o licor desse cálice que beijo
Toco nas pétalas das flores do desejo
Molho os pés descalços na água da chuva
Faço confidências com a noite turva.
Baila o pensar nas correntes dos sábios
É doce e amargo o mudar de polos
Varro as calçadas e sigo sem dolo
Estrumo o processo não quero colo.
Toco a verdade e acordo os acordes
Chamam os sinos e as ruas das cidades
Largo horizonte, vertical os olhares
Amplo é o mundo que acolhe os covardes.