Linhas troncos e berços

 

Nas linhas corpóreas do desejo

Nas linhas do pensar do ensejo

Nas linhas finas das estradas a qual andei

Fiz bordados, rendados e me apaixonei.

 

Nos troncos da alma traçando telas

Nos troncos do tempo acendendo velas

Nos troncos perdidos do ser ventania

Fui levada qual labareda a doces manias.

 

No berço da vida escorrega as trovas

No berço do tronco carrego as provas

No berço de palha o mais forte se deita

E nisso exala a riqueza que em si espreita.