INTROSPEÇÃO
Eu, João,
Chamado Dinato
Transformado no amor, na dor e na graça
Apóstolo, consolo e amparo para a congregação
Testemunha da miséria
da perseguição e da fome
Tive pouca fé
Depois tive muita
Sendo de uma safra antiga
Sei do futuro
Preso porque disse a verdade
Amarrado porque amei muito
Na vida, tive muitos amores
Enquanto vivi na carne
Mas o Espírito me transformou numa nova criatura
Que não pode mais amar
Pois é o próprio amor
O perdão experimentei de diversas formas
E pesa sobre mim o pendão da dívida
Pois a Cristo nego
Neguei e negarei
E vivo comendo o pão da ingratidão
O Bem e o Mal seguem comigo
Também a bênção e a Revelação
Não posso contar de onde vim
Pois não vim do passado e vi vários futuros
Sou o poeta da manhã
A última estrela que se apaga
Por isso tenho poderes sobre a morte
E a qualquer hora posso renascer
Quem quer ver?
JOÃO DINATO
29 de março de 24