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Como a noite descesse...


Como a noite descesse e eu me sentisse só, só e desesperado diante dos horizontes que se fechavam 
gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível Aurora! e vi logo 
só as estrelas é que me entenderiam. 

Era preciso esperar que o próprio passado desaparecesse, 
ou então voltar à infância. 
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao coração trêmulo: 
- É por aqui! 

Onde, entretanto, quem me dissesse
ao espírito cego: 
- Renasceste: liberta-te! 

Se eu estava só, só e desesperado, 
por que gritar tão alto? 
Por que não dizer baixinho, como quem reza: 
- Ó doce e incorruptível Aurora... 


se só as estrelas é que me entenderiam