Sonhos

Alma extenuada

Cansada

Tantas buscas inúteis

Crença no que nunca foi real

Imaginário

Sonho fatal

Mente confusa

Uma luta infecunda

A alma se desnuda

Entre palavras

Promessas não cumpridas

Dor para toda uma vida

Lágrimas infecundas

Sal na terra

Sentimentos enterrados

Ainda vivos

Ouço os gritos

Boca cheia de terra

Olhos cegados pelo peso

Respiração cessada

Enterrada

Desesperada

Viva

Mas morta

Coração transborda

Pára

A morte é fato

Um túmulo de fato

O corpo toma

A mente anseia

Por uma palavra

A que fará

O sangue na veia

De novo circular

Silêncio

Escuro

Corpo moribundo

Não há som no ar

As vibrações

Não trazem nada para se escutar

Som sem som

Silêncio

Falta-me tempo

Tudo está por terminar

É o fim

Preciso deixar

Registrado para a eternidade

Tudo que agora tenho vontade

De no vento gritar

Falar do que lamento

De todo meu sentimento

Do que quanto vivi a te amar

Dizer que todo esse tempo

Cada segundo

Cada minuto

Cada momento

Esperei você me buscar

Dizer do sofrimento

Que foi te esperar

Mas que compreendo

Que não podias me amar

Por isso sempre foi meu desejo

Que feliz pudesse estar

Enquanto para mim

Criei um mundo onde vivi a te imaginar

Que voltavas e me vinhas falar

Do quanto quis comigo estar

E nós dois éramos felizes

Como nunca antes podíamos estar

E dessa forma

Enterrada viva

Pude respirar

Enquanto aguado o dia

De tudo encerrar

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 25/03/2024
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T8027784
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