Sonhos
Alma extenuada
Cansada
Tantas buscas inúteis
Crença no que nunca foi real
Imaginário
Sonho fatal
Mente confusa
Uma luta infecunda
A alma se desnuda
Entre palavras
Promessas não cumpridas
Dor para toda uma vida
Lágrimas infecundas
Sal na terra
Sentimentos enterrados
Ainda vivos
Ouço os gritos
Boca cheia de terra
Olhos cegados pelo peso
Respiração cessada
Enterrada
Desesperada
Viva
Mas morta
Coração transborda
Pára
A morte é fato
Um túmulo de fato
O corpo toma
A mente anseia
Por uma palavra
A que fará
O sangue na veia
De novo circular
Silêncio
Escuro
Corpo moribundo
Não há som no ar
As vibrações
Não trazem nada para se escutar
Som sem som
Silêncio
Falta-me tempo
Tudo está por terminar
É o fim
Preciso deixar
Registrado para a eternidade
Tudo que agora tenho vontade
De no vento gritar
Falar do que lamento
De todo meu sentimento
Do que quanto vivi a te amar
Dizer que todo esse tempo
Cada segundo
Cada minuto
Cada momento
Esperei você me buscar
Dizer do sofrimento
Que foi te esperar
Mas que compreendo
Que não podias me amar
Por isso sempre foi meu desejo
Que feliz pudesse estar
Enquanto para mim
Criei um mundo onde vivi a te imaginar
Que voltavas e me vinhas falar
Do quanto quis comigo estar
E nós dois éramos felizes
Como nunca antes podíamos estar
E dessa forma
Enterrada viva
Pude respirar
Enquanto aguado o dia
De tudo encerrar