AS TRILHAS DA TRIBO

AS TRILHAS DA TRIBO

 

A tribo estava ali reunida,

Quando os frutos amadureceram,

E um deles correu para lida,

Mas chamou a todos bem cedo.

 

Na rotina foram peles curtidas,

Quando o Sol se fez no aceiro,

Mas o frio trouxe peles doídas,

Nos pesadelos de cada aguaceiro.

 

Pelas estações não há sintonia,

Nessas roças abaixo do equador,

Mas os oris se agradam dos dias,

Como as noites reclamam o amor.

 

Tudo pode ter fé e reverências,

Desde quando agrade o ancestral,

Até mesmo pra quem tem ciência,

Mas precisa entender sobre sal.

 

Nesse mundo sempre há contrastes,

Pois em cada balança há esterco,

Mas os lados e o centro dão artes,

Porque o peixe não quer mar seco.

 

Se há fogo e a mata é na baixa,

Mas as trilhas forem de curupira,

Saberemos se o sol é que racha,

Ou se a nuvem é que nos inspira.

 

Ou podemos nos achar lá no cume,

E do alto nos vermos mais livres,

Só depende de um vulcão sem ciúme,

Que poderia ter lagos e cisnes.