O vermelho e o negro. I.

ᅟᅟᅟEssa sombra sorrateira,

ᅟᅟᅟQue vive sempre a espreita,

ᅟᅟᅟé coisa mínima, ciosa e traiçoeira.

ᅟᅟᅟQuando se esvai a luz, é lá que ela aflora;

ᅟᅟᅟ“Parece-me”, ele diz, “que é fado a carregar”,

ᅟᅟᅟPois não importa aonde se vá, lá ela estará.

ᅟᅟᅟ

ᅟᅟᅟSe brilha a luz, ela se encolhe

ᅟᅟᅟna silhueta que a detém,

ᅟᅟᅟSe dorme a luz, ela se abranda

ᅟᅟᅟdevorando a alma que a retém.

ᅟᅟᅟ

ᅟᅟᅟMas há uma chama vermelha,

ᅟᅟᅟQue tinge de rubro esta assombrosa escuridão,

ᅟᅟᅟUm chamejar Escarlate,

ᅟᅟᅟQue furta do negro a vasta solidão.

Siegfried, O Bardo.

BARDUS
Enviado por BARDUS em 29/02/2024
Código do texto: T8009927
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