Lençóis Brancos Deito esse corpo cansado, surrado Em lençóis profundos envolto a dor Deito esse corpo cansado no amor No cedro, no pasto, no Olimpo em olor. Deito toda essa vida em estradas coloridas Que quebra espaços, laços, ninhos do pó Quebro paradigmas, pontos num grito só Grito a dor do ato e desato tudo sem dó. Estranho o desbotar das cores, amores O espaçamento das vidas no broto No começo, no meio, na visão do esgoto Até o momento de nada ser tudo de pronto.