Nos Quartos das Horas É um olhar de peixe morto É um olhar de muita maresia São olhos cruzados no quarto Nos quartos das horas do dia. É uma ampla ilha no céu de Dante Tombada por um único habitante A língua a mastigar os mares Águas vindas de outros horizontes. É o desejo voando numa constante É encontro de tudo num fundo quebrante É a casa de todos em cores e instantes Um olhar a buscar as coisas de antes.