Tempo - Por Donzela do Gelo
Naquele tempo
tudo era espanto
e todo canto jazem
em lápides perdidas
santos, heróis,
poetas e covardes
no cal esquecidos
no adeus dessa gente
que cruza a rua a passos
largos no calor da amargura
baluartes sem memórias
das distâncias separadas
dos amores inventados
do alívio da grandeza
que agora como ilhas
dormem.
Por Donzela do Gelo