O Ninho na Contramão Deita-se as horas no berço frio do tempo Insensível espaço a inflamar pensamentos Permeiam sussintas emoções no corpo A varrerem um mundo em comoções de fogo. Um ninho estranho recebe o espirito Que tece os sentidos entre os olhos do vento Vão-se os dedos nos novos momentos Riscando os verbos das doces canções. Deitam as horas nas passadas dos pés Pisam a miúde a fonte dos desejos Sobrou caminhos faltou segredos Na contramão janelas, verdades e medos.