Rio de Janeiro
Aquarela de exuberâncias tropicais
que colore em tons paradisíacos
as extasiantes paisagens naturais
praias, aves, frutos e afrodisíacos
a história caminha pelas boêmias ruas
do centro carioca que abrigou a realeza
à formosa e banguela Guanabara crua
em baía que se abre à saudosa beleza
O Rio é onde o caos busca brecha
no entusiasmado ritmo dos contrastes
nas barbáries que o tempo não fecha
e nos sistemas paralelos em engaste
Cidade de redenção e de pele mulata
Leblon, Ipanema, Búzios, Copacabana
Brindam a vida com o calor que não falta
De Portugal à África, Paris sulamericana
Sanha de samba, capital, elite plebeia central
terra do futebol e do churrasco de domingo
Mangueira, Providência, Madureira, Vidigal
Maré enche e na nobreza cai em respingo
Cafés eruditos, saraus e efervescência
Cores e felicidade desfilando em carnaval
Assimetria, corrupção, ímpar indecência
Eis o Rio de Janeiro, do bem e do mal