IDENTIDADE
Sou o que me ocupa
no vazio
das multidões,
Quero estar
em mais
de um só lugar
no
mesmo espaço do tempo,
e viver a alugar
todos esses espaços,
esparsos,
como mero passatempo.
Os ex-passos
entrego ao vento,
trago na entrega
a fumaça
de outros ares,
a cachaça
doutros lugares,
eu invento.
E assim
vou sendo
as sendas
do caminho
as senhas
nos ninhos
que me acalento.