EXÉQUIAS
Vai-se um sertanejo lá pela vereda
Co' sombras a subirem-lhe os ombros—
Seu coração está atirado ao chão duro
Sorvendo a dor que a vida concebe—
Acolita neblinas da terra sedenta
Cheia de desespero aberto num grito
Um grito mudo vindo dos seus olhos
Suplicantes, que se implantam no pesar
A meio de corvos e a multidão inteira
Também cuidando em pôr-se ante
A vereda, ao enterro do único filho
Desse sertanejo tão fustigado pela dor.
Redigido em Kimbundu.
Tradução portuguesa do autor.